Considerando que a produção de subjetividades e identidades
baseadas no gênero é fator gerador de desigualdades entre homens
e mulheres, afetando a liberdade de ambos, o presente artigo
pretende investigar, a partir dos estudos de Foucault, a possibilidade
de produzir formas de resistência, sobretudo no que se refere à
desconstrução de masculinidades. A produção de uma ética-estética
da existência, por meio daquilo que o autor define como “cuidado de
si” e “práticas de liberdade”, apresenta-se como perspectiva
norteadora para articulação de diferentes formas de ser e de viver,
ou ainda, para configuração de outras formas de masculinidade no
cenário contemporâneo.