Schopenhauer foi um grande leitor dos textos clássicos. Certamente a tradição estóica é um capítulo importante de suas leituras. O presente texto pretende apresentar os elementos centrais da leitura que Schopenhauer fez do estoicismo, a fim de considerar tal influência exercida em sua filosofia. Para tanto, o ponto de partida é sua análise do estoicismo em Fragmentos para a História da Filosofia, que por sua vez remete o leitor ao parágrafo 16 de O Mundo como Vontade e como Representação, bem como ao seu respectivo suplemento. A partir destes textos, pretende-se analisar em que medida Schopenhauer absorve elementos do estoicismo, quais os principais “problemas” que ele identifica neste sistema teórico e como tais dificuldades poderiam encontrar “soluções” a partir de sua própria filosofia, principalmente em sua proposta eudemonológica, apresentada no parágrafo 55 de MVR e em Aforismos para Sabedoria de Vida.