O presente artigo pretende discutir os fundamentos filosóficos da Ética Ambiental e apresentar a possível contribuição de Schopenhauer para a temática em questão. Para tanto, primeiramente será necessário reconstruir, ainda que de modo breve, a problemática ambiental e os tradicionais referenciais éticos de abordagem do tema. Em seguida, a partir da recuperação dos principais elementos da fundamentação ética desenvolvida na metafísica imanente de Schopenhauer, será possível considerar sua participação na atual discussão ambiental. O principal objetivo do presente texto é formular uma hipótese de pesquisa para “Ética Ambiental” em Schopenhauer e, ao mesmo tempo, indicar suas principais dificuldades. Previamente, pode-se afirmar que o filósofo não desenvolve propriamente uma “Ética Ambiental”. Todavia, seu argumento ético baseia-se em um referencial que se desloca da tradicional fundamentação moderna da ética e, por isso mesmo, pode contribuir para uma reflexão sobre a problemática ambiental em questão na atualidade. Vejamos então, primeiramente, o projeto moderno de racionalidade e desenvolvimento, bem como sua crise, para posicionarmos, em seguida, Schopenhauer no contexto da temática em pauta.