Categoria:Leandro Chevitarese

Schopenhauer e os Cínicos

O presente artigo pretende investigar as raízes cínicas que se fazem presentes na eudemonologia schopenhaueriana, tendo em vista a possibilidade de melhor compreender tal orientação para uma “vida menos infeliz”. Partindo da leitura que Schopenhauer desenvolve acerca da prática de vida dos cínicos, compreendida como matriz da elaboração teórica do estoicismo, pretende-se considerar quais elementos estariam significativamente presentes em sua proposta de uma “ética empírica” para enfrentar o “mal de viver”.

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Schopenhauer e Kafka. A liberdade de ser o que se é

A primeira conversa filosófica entre Kafka e Max Brod, a conversa que “selou” a amizade de ambos, parece ter acontecido, segundo a biografia de Kafka por Brod, após uma conferência sobre Schopenhauer, feita pelo jovem estudante universitário Brod, em 1902, num clube acadêmico alemão de Praga e, embora Kafka talvez nunca tenha estudado sistematicamente a obra de Schopenhauer, este filósofo – e não pouco devido a Max Brod – estava bem presente na atmosfera intelectual na qual ele cresceu. As Obras Completas de Schopenhauer figuravam entre os livros possuídos por Kafka (HELLER, 1976, p.34).

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Schopenhauer e Fernando Pessoa

O presente artigo pretende investigar algumas convergências e dissonâncias acerca do conceito de “tédio” em Schopenhauer e na obra Livro do Desassossego, por Bernardo Soares, Fernando Pessoa.

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Schopenhauer e a Ética ambiental

O presente artigo pretende discutir os fundamentos filosóficos da Ética Ambiental e apresentar a possível contribuição de Schopenhauer para a temática em questão. Para tanto, primeiramente será necessário reconstruir, ainda que de modo breve, a problemática ambiental e os tradicionais referenciais éticos de abordagem do tema. Em seguida, a partir da recuperação dos principais elementos da fundamentação ética desenvolvida na metafísica imanente de Schopenhauer, será possível considerar sua participação na atual discussão ambiental. O principal objetivo do presente texto é formular uma hipótese de pesquisa para “Ética Ambiental” em Schopenhauer e, ao mesmo tempo, indicar suas principais dificuldades. Previamente, pode-se afirmar que o filósofo não desenvolve propriamente uma “Ética Ambiental”. Todavia, seu argumento ético baseia-se em um referencial que se desloca da tradicional fundamentação moderna da ética e, por isso mesmo, pode contribuir para uma reflexão sobre a problemática ambiental em questão na atualidade. Vejamos então, primeiramente, o projeto moderno de racionalidade e desenvolvimento, bem como sua crise, para posicionarmos, em seguida, Schopenhauer no contexto da temática em pauta.

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As “razões” da Pós-modernidade

Em 1979, Jean-François Lyotard publica La Condition Postmoderne, no qual apresenta o problema da legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para Lyotard, “o pós-moderno, enquanto condição da cultura nesta era [pós-industrial], caracteriza-se exatamente pela incredulidade perante o metadiscurso filosófico-metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. Por outro lado, Habermas prefere compreender a modernidade como um […]

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